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Sábado, 17 de agosto de 2019, 08h03

Embrapa participa de articulação do Programa Rotas de Integração Nacional


 O pequi é um fruto típico da Chapada do Araripe, reserva ecológica do sul do Ceará. Lá, entre os meses de janeiro e abril famílias inteiras se dedicam à sua colheita, uma atividade extrativista das mais antigas. No mês de julho, a microrregião do Araripe realizou a primeira oficina de planejamento estratégico do Polo da Fruticultura Cariri/Centro Sul, composto por 20 municípios e mais de 10 frutas, inclusive o pequi. Durante o encontro, foram discutidas estratégias e ações para a estruturação da cadeia produtiva de frutas na região. Este foi o segundo encontro realizado na região, o primeiro foi para mobilização e identificação de parcerias.

O polo faz parte das Rotas da Integração Nacional, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) que atua na coordenação de dez Rotas de Integração Nacional: cordeiro, leite, mel, açaí, cacau, biodiversidade, peixe, fruticultura, tecnologia da informação e comunicação e economia circular e as Unidades da Embrapa contribuem com todas elas. As rotas são redes interligadas de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para promover inovação, diferenciação, competitividade e lucratividade de empreendimentos associados, a partir da coordenação de ações coletivas e iniciativas de agências de fomento.

“Uma rota é composta por vários polos que podem ser localizados em estados diferentes. Um exemplo é a rota do cordeiro que possui 13 polos regionais incluindo regiões do Nordeste e do Rio Grande do Sul. Outro exemplo é a rota do mel, com polos no norte de Minas Gerais e no Piauí”, explica Roselis Simonetti, analista da Gerência de Relações Institucionais e Governamentais da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (GRIG/SIRE).

No caso do Ceará, por exemplo, o Polo do Cariri integrará a Rota da Fruticultura assim como o polo de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Na constituição desta rota específica participam diretamente a Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió, AL) e a Embrapa Semiárido (Petrolina, PE). As oficinas são o primeiro passo para a constituição dos polos, “é justamente onde são identificadas as principais demandas, desafios e oportunidades da região, além de ser o momento da realização do planejamento”, explica Roselis.

Multiparcerias para o desenvolvimento regional

O Programa Rotas de Integração Nacional foi inspirado na experiência da Rota do Cordeiro, sob coordenação da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) e da Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS). As parcerias que levaram à consolidação desta rota se fortaleceram no ambiente da Câmara Temática e Setorial da Ovinocaprinocultura sediada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e com o diálogo com diversos parceiros.

As rotas são uma estratégia de desenvolvimento regional coordenada pelo MDR para implementar a Política Nacional de Desenvolvimento Rural. Cynthia Cury, gerente da GRIG, explica que, em 2018, a Embrapa assinou um Acordo de Cooperação Técnica com o MDR para a implementação e a ampliação das Rotas de Integração Nacional. Atualmente, 12 Unidades participam do Programa. Coube à GRIG coordenar as ações da Embrapa desenvolvidas junto aos parceiros e também realizar a articulação interna entre os diversos centros de pesquisa que participam dos processos de construção das rotas.

“Muitas sugestões de rotas ou demandas surgiram a partir das Câmaras Setoriais e Temáticas do Mapa bem como das Câmaras da CNA, ou, ainda, a partir das frentes parlamentares setoriais preocupadas com determinados temas, inclusive os próprios parlamentares aportam recursos de emendas para viabilizar ações nas regiões”, destaca Cynthia Cury, lembrando, ainda, que outra estratégia que conta com a participação direta da Embrapa é a captação de recursos envolvendo organismos internacionais como a FAO e outros parceiros.

As rotas também contribuem para atender demandas dos mercados nacional e internacional, em consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que quer fortalecer o valor agregado dos produtos brasileiros a partir dos acordos de negociação com a União Europeia. Na semana passada, o governo brasileiro assinou regulamentação do “Selo Arte” criado para identificar alimentos artesanais. A iniciativa atende demanda dos produtores rurais e permitirá mais agregar valor à produção.




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