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Geral
Sábado, 24 de julho de 2004, 21h14

Governador rebate denúncia da revista The Economist


Durante a inauguração de 108 casas em Rondonópolis (210 km ao Sul de Cuiabá), na manhã deste sábado (24.07), o governador Bairo Maggi disse que vai responder oficialmente à revista britânica “The Economist”, que, em sua última edição, revelou preocupação com o desmatamento na Amazônia. Maggi afirmou, que embora o teor do editorial e da reportagem tenham sido positivos para o Brasil (“Não foi depreciativo”, observou), a revista cometeu uma injustiça ao considerá-lo “inimigo da floresta”.

“Não aceito isso de maneira alguma. Sou um homem que defende o desenvolvimento, o crescimento sustentado dentro do que a Lei preconiza. A Lei brasileira permite o desmatamento dentro de um percentual e é o que temos feito”, garantiu. Maggi reiterou que não pode aceitar o rótulo, principalmente vindo de outros países, como os europeus e o norte-americano, de que eles podem vir ditar regras para os brasileiros.

Segundo o governador, o Brasil tem conhecimento, tem estudos e, por isso, não pode aceitar a intromissão de ONGs e organismos internacionais. “Se for para nós ajudar, ótimo, venham e nos ajudem, nós aceitamos. Agora, dizer como deve ser feito... Ninguém tem uma Floresta Amazônica do jeito que o Brasil tem, e nós sabemos cuidar muito bem, ao contrário deles, que já destruíram todas as suas florestas”, contra-atacou.

Maggi disse que a própria publicação inglesa escancarou em suas páginas o que ele vem afirmando há muito tempo: “Se quer preservar a Amazônia e também ajudar o Brasil a se desenvolver, alguém precisa ajudar a pagar a conta”. Para ele, a própria revista reconhece – o que revelaria uma contradição ao tachá-lo de “inimigo da floresta” - que as empresas nas quais ele tem participação (Grupo Amaggi) estão absolutamente dentro da legislação ambiental brasileira. “É por isso que as empresas têm recebido elogios do Banco Mundial, com quem nós temos mantido negócios nos últimos anos”, acrescentou.

“O Brasil não pode mais aceitar esse tipo de coisa. Vivemos aceitando regras desde o nosso descobrimento. É chegada a hora de dizermos: aqui quem manda somos nós”, reiterou o governador, enfatizando que no Brasil ninguém é irresponsável a ponto de querer destruir a Amazônia, colocando “corrente de um lado e saindo do outro”.

Maggi foi mais longe. Ele defende, inclusive, uma atitude muito mais dura, qual seja, a moratória da Amazônia. “Eu já defendi isso outras vezes. Tem que criar uma moratória em determinado eixo da Amazônia e, daqui a 50 anos, quem estiver no poder, que decida o que fazer”, concluiu.


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