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Terça, 30 de agosto de 2005, 10h05

Primavera do Leste faz experiência sobre o biodiesel


Na condição de maior produtor de algodão do Brasil, Mato Grosso se prepara para produzir em escala comercial o biocombustível, utilizando como matéria prima o caroço do algodão. A primeira experiência está sendo feita em Primavera do Leste. A expectativa dos produtores da região é de que dentro de um ano a produção seja suficiente para atender a demanda local.

Além de ser considerado ecologicamente correto, o biodiesel é mais barato. O óleo extraído do caroço do algodão é misturado ao óleo diesel baixando o grau de poluição do ar e barateando os custos para o consumidor. Presidente da fundação Centro-Oeste que desenvolve pesquisa sobre soja e algodão, Moacir Tomazeti é um dos incentivadores do projeto. Com a perspectiva do preço do barril de petróleo chegar a U$ 100, o biocombustível torna-se uma boa alternativa para os produtores mato-grossenses diz ele, lembrando que a matéria prima o Estado possui em abundância.

Além do caroço do algodão, o de girassol, mamona, milho e soja também poderão ser utilizados para a produção de combustível. O secretário de Meio Ambiente (Sema), Marcos Machado participou do 1º simpósio de Biocombustível e Energia Renovável, realizado em Primavera do Leste e se mostrou entusiasmado com o projeto idealizado pela Secretaria de Indústria e Comércio do município. É uma proposta interessante, principalmente porque o biocombustível reduz significamente a emissão de gases que poluem o meio ambiente. Toda a iniciativa que traz preocupação com o meio ambiente é importante afirma Machado. Só em Primavera do Leste a produção anual de algodão é de 450 mil toneladas.

Em Poxoréu, cidade vizinha a Primavera do Leste, o empresário Wlademir Augusto da Silva produz em sua empresa biodiesel. Segundo ele em 40 dias a produção diária será de 10 mil litros. Hoje a produção é feita para abastecer os veículos da empresa. Daqui a 40 dias começo a comercializar a nossa produção garante o empresário. Em Primavera 14 algodoeiras estão cadastradas na Prefeitura. Durante palestra proferida na sede da associação dos engenheiros agrônomos em Primavera do Leste, a bióloga Tereza Cristina Rochelle, representante do pólo nacional de biocombustível, destacou a importância da produção de combustíveis renováveis, apontando a protocolo de Kioto assinado em 1997, onde os paises que assinaram o documento se comprometeram a reduzir os gases poluentes no planeta.

A produção brasileira de biomassa tem aumentado nos últimos anos. Hoje o petróleo é responsável pelo abastecimento de 43% do mercado nacional de combustíveis. Já a produção de combustível pelo sistema de biomassa onde são utilizados produtos como o algodão e soja atinge 27% em todo o país. Os estudos para a produção de biocombustível em Primavera do Leste estão avançados e dentro de pouco tempo o projeto idealizado pela Secretaria de Indústria e Comércio e encapado pelos produtores do município será efetivado.


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