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Justiça e Direito
Quarta, 08 de março de 2017, 09h54

Brasileiras estudam mais, ganham menos e aumentam atuação como chefe da família


O atual perfil da mulher brasileira é o resultado de diversas transformações demográficas e socioeconômicas ocorridas nas últimas décadas. Hoje, as brasileiras são maioria da população, vivem mais, acumulam mais anos de estudo e têm aumentado ano a ano a responsabilidade por manter os domicílios do País.

Ainda assim, ganham menos que os homens brasileiros e são vítimas de violência doméstica, deixando o Brasil com a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo projeção de população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o País contabiliza cerca de 105,1 milhões de mulheres (e 102,4 milhões de homens). A expectativa de vida ao nascer entre elas é maior que a da registrada entre os homens - 79,5 contra 72,4 anos. A partir dos 15 anos, elas têm mais chances de sobreviver em comparação com os homens, alvos mais frequentes de mortes violentas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, etc.), segundo dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015.

As brasileiras também estão tendo filhos mais tarde. Segundo a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, em 2005, os nascimentos concentrados na faixa de mães entre 30 e 39 anos aumentou (de 22,5%, em 2005, chegando a 30,8%, em 2015) e caíram os registros de filhos de mães mais jovens entre 15 a 19 anos (de 20,3%, em 2005, para 17%, em 2015).

Elas também se divorciam mais jovens: na média, com 40 anos, enquanto homens se separam aos 43 anos. As mulheres são a maioria ao assumir a responsabilidade da guarda dos filhos menores após o divórcio: com 78,8% dos casos, segundo a mesma pesquisa de 2015

Manutenção dos domicílios

A responsabilidade das mulheres dentro do núcleo familiar também mudou muito nos últimos anos, especialmente com a diminuição no tamanho das famílias e também com o aumento na proporção daquelas em que a mulher é a responsável por mantê-la.

Em 2000, o Censo Demográfico do IBGE verificou que 24,9% dos domicílios tinham mulheres como encarregada pelas finanças das famílias. Ainda que o rendimento médio mensal real das mulheres seja menor - R$ 1.480, entre os homens é de R$ 1.987, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2014). Na comparação, as mulheres receberam em média 74,5% do rendimento de trabalho dos homens em 2014.

Ainda segundo a Pand, no mercado de trabalho, as brasileiras assumem quase metade do número total da população ocupada no País: 42,6 milhões, enquanto os homens totalizaram 56 milhões.

Estudo

Com relação à educação e formação profissional, as brasileiras lideram as estatísticas. Em 2014, segundo a Pnad, elas acumulavam 8 anos de estudos enquanto eles, 7,5 anos. Também a taxa de analfabetismo entre elas é menor 7,9% contra era de 8,6% registradas entre os homens.

Violência

Mas as brasileiras ainda percorrem um longo caminho em busca de igualdade entre os gêneros. Entre as lutas a serem combatidas está a contra a violência. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa brasileira de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino mostrou que o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875, de 2003 a 2013. No mesmo período, houve um aumento de 190,9% no número de vítimas negras. 




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