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Justiça e Direito
Segunda, 28 de agosto de 2017, 16h39

Paz em Casa encerra ciclo de palestras nas escolas


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A etapa de palestras nas instituições de ensino dentro da programação da oitava edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa finalizou na sexta-feira (25 de agosto) na Escola Estadual André Luiz da Silva Reis, no bairro Consil. Cerca de 180 alunos do 9º do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio participaram da palestra interativa proferida pela coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica no âmbito do Poder Judiciário em Mato Grosso (Cemulher), desembargadora Maria Erotides Kneip e pela juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), Ana Cristina Silva Mendes.

Em Mato Grosso este ano o tema da campanha é “Justiça Restaurativa – Respeito pela Família” e o resultado obtido durante toda esta semana de conversas nas instituições de ensino foi tão positivo que essa ação vai se tornar um programa da Cemulher, que fará uma relação das escolas a serem visitadas no segundo semestre de 2017.

A desembargadora Maria Erotides parabenizou os alunos e a direção da escola por entenderem a importância desse momento, principalmente referente a um assunto tão delicado como é a violência doméstica. “A violência não escolhe classe social. Pode acontecer na casa de cada um de nós. Penso que pela receptividade, pela participação, pela forma como os alunos interagiram, pelas histórias que nós ouvimos nas escolas, ações como esta já deveriam ter começado há muito tempo. Mas vamos retomar o tempo perdido”, observou.

A magistrada se refere ao fato de alguns jovens romperem barreiras e falarem das experiências negativas dentro de casa relacionadas à violência doméstica. “Só enfrenta o problema quem quer sair dele e é só quem passa por isso sabe o quanto dói”, disse aos adolescentes que contaram um pouco do que vivenciaram dentro de casa perante os demais colegas.

Assuntos como a Lei Maria da Penha, quais são os atos de violência foram alguns dos assuntos abordados pela juíza Ana Cristina. Ela também falou da sua história de vida. Foi uma palestra interativa, com perguntas e respostas que tratou também dos tipos de violência doméstica e familiar, bem como os tipos penais que se enquadram nessas violências. “A violência doméstica faz com que a pessoa deixe de ter sonhos. É preciso restaurar os laços e a justiça restaurativa tem esse objetivo”.

Para a magistrada a semana foi muito proveitosa, uma vez que se vê realidades diferentes em cada local visitado. “A gente descobre nas escolas como os jovens estão precisando de ajuda, quanta violência tem tomado os lares de forma avassaladora e às vezes ninguém nota. Então se torna uma banalização, uma normalidade tão grande da violência que passa a ser parte do cotidiano e nós não podemos aceitar isso. Temos que repudiar qualquer ato de violência, qualquer ciclo de violência e ensinar a necessidade da restauração de laços, de famílias, o resgate da família”.

O diretor do colégio, José Romildo Magalhães falou da importância da criação de mecanismos para a instituição de ensino trabalhar o fortalecimento dos laços familiares. Ele destacou a atuação do Poder Judiciário, por meio da Cemulher em levar essa palestra aos alunos, uma vez que a maior dificuldade existente hoje no local são alunos que apresentam problemas de estruturação familiar, que é o que mais reflete na aprendizagem.

“É de fundamental importância porque a gente sabe que a família é a célula mater da sociedade e quando esses laços familiares são rompidos ou estremecidos isso abala a base de toda sociedade. É importante a gente ver que a justiça não está focada só na punição, mas sim no restabelecimento dos laços afetivos familiares”.

Durante toda a semana, nas comarcas do interior, os juízes estão trabalharam nos processos relativos à violência doméstica. Todas as sentenças e despachos deste período serão contabilizados. Em cada comarca os respectivos magistrados atuaram com foco voltado também nas crianças e adolescentes, que também são vítimas da violência doméstica. 




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