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Justiça e Direito
Terça, 13 de março de 2018, 16h15

MPE requer fim de prisão especial a falsa médica envolvida na morte de prefeito


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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso requereu nesta terça-feira (13) que a acusada Yana Fois Alvarenga Coelho, denunciada por exercício ilegal da Medicina e por participação no homicídio do ex-prefeito de Colniza, perca o direito a prisão especial na Penitenciária Ana Maria do Couto May. O pedido é para que a detenta seja recolhida nas mesmas dependências das demais recuperandas, sem qualquer distinção, já que não possui curso superior.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público na sexta-feira (09), a acusada exercia a profissão de médica sem autorização legal. Foi apurado que, entre os anos de 2006 a 2007, a denunciada usou documento público falso para obter a transferência do curso de Medicina oferecido pelo InstitutoTocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda para a Universidade de Iguaçu (UNIG), no Estado do Rio de Janeiro.
 

Cópia do boletim da acusada 

Durante as investigações, o MPE teve acesso a ofícios expedidos pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda, em julho de 2007, informando à Universidade de Iguaçu (UNIG) que os documentos utilizados pela referida acadêmica para efetivar a transferência foram adulterados grosseiramente. Além de ter sido reprovada em quase todas as disciplinas do curso, consta na denúncia que ela havia desistido da graduação antes de se transferir para o Estado do Rio de Janeiro.

Ainda, segundo o MPE, em março de 2008,o Reitor da Universidade de Iguaçu expediu Portaria, confirmando a desconstituição de colação de grau de Yana Fois Coelho, com a consequente invalidação do Diploma de médica. O fato foi, inclusive, comunicado ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro.

O caso do assassinato

A Polícia Judiciária Civil indiciou cinco pessoas no inquérito policial que investigava a morte do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, 61 anos, e da tentativa de homicídio do secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos, ocorrido no dia 15 de dezembro de 2017.

Os suspeitos, Antônio Pereira Rodrigues Neto, Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva, foram presos em flagrante, no dia 17 de dezembro, em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital). Na tarde de domingo (24), a esposa de Antônio Rodrigues, Yana Fois Coelho Alvarenga, teve o mandado de prisão temporária cumprido e o irmão do suspeito, J.V.O.P., 15, foi apreendido, por participação na ação criminosa.

Antônio Pereira Rodrigues Neto é empresário em Colniza do ramo de rede de combustível e táxi aéreo. Segundo as investigações, ele arregimentou dois comparsas oriundos do Pará para o crime, motivado por cobrança de dívida. Apontado como o mandante, o suspeito também participou da execução do prefeito.

Segundo o delegado, Edison Pick, Yana, tinha conhecimento do crime e acobertou a ação do marido. A esposa do suspeito é médica e teve o mandado de prisão cumprido, no Hospital Municipal de Colniza O adolescente, J.V.O.P. teve o mandado de internação, de 45 dias, cumprido em um posto de combustível da família, durante buscas da Polícia Civil no local.




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