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Educação
Quarta, 29 de maio de 2019, 06h22

Professores destacam importância da comunicação não-violenta


A comunicação não-violenta é uma ferramenta poderosa na solução de conflitos escolares, apontaram professores participantes do curso de Mediação Escolar realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) em parceria com o Poder Judiciário e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Estamos trabalhando para divulgar a linguagem não-violenta dentro das unidades escolares”, afirmou Patrícia Carvalho, líder do Núcleo de Projetos Educacionais da Seduc, durante a aula desta terça-feira (27 de maio).

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“A comunicação pode ser não-violenta e o conflito pode ter resultados positivos e não só negativos”, acrescentou Thalita de Almeida Moura Rodrigues, coordenadora pedagógica da Escola Estadual Professora Elmaz Gattas Monteiro, em Várzea Grande. A instrutora do curso Maria Helena de Deus Bezerra, servidora do Judiciário e mestranda em resolução de conflitos, reforça o entendimento de que linguagem adequada pode trazer soluções. “O objetivo da capacitação é trabalhar a mediação em casos de violência e indisciplina na escola. Para isso, enaltecemos a importância da forma de comunicar, de como abordar o conflito”, explica, lembrando que palavras mais duras podem suscitar a ira das partes envolvidas.

A instrutora argumenta que a comunidade escolar não é formada para gerir conflitos, mas que essa é uma demanda atual em razão dos embates existentes. “E como a escola vai tratar disso se a formação dos profissionais é voltada para a pedagogia, para transmitir o ensino? O fato de a violência estar se alastrando torna necessário que os professores tenham noção de como lidar e gerenciar um conflito em sala de aula, no pátio e nos corredores”, pondera.

A professora Maria Neves Nogueira, diretora da Escola Estadual Padre Ernesto Camilo Barreto, em Cuiabá, enfatiza a importância do curso para a comunidade escolar. “A violência está presente na nossa sociedade muitas vezes em decorrência da desestrutura familiar. Temos muito disso na escola, por isso esse curso é tão necessário”, argumenta. Segundo ela, a escola já aplica a mediação na solução dos conflitos internos. “Estimamos que a violência tenha reduzido de 80% para 10% com essa técnica. Em anos anteriores, tínhamos muitas transferências de alunos ocasionadas por conflitos. No ano passado não tivemos nenhuma e, para 2019 nossa meta é manter que nenhum aluno seja transferido por isso”, conta.

Relevância - O promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, do Núcleo de Defesa da Cidadania, ressalta que um trabalho bem executado por professores, coordenadores e diretores das unidades de ensino refletirá imediatamente na melhora do ambiente nas escolas. Ele salienta ainda que esses profissionais sejam multiplicadores do conhecimento na área de mediação escolar. O procurador-geral de Justiça do Estado, José Antônio Borges Pereira acrescenta que a mediação é o caminho para a resolução de todo e qualquer conflito.

Educação - Conforme o chefe do MPMT, um estudo realizado pelo economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros, apontou que o Brasil perde R$ 151 bilhões por ano ao manter 15% dos jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Isso inclui o custo para cada um deles, impedidos de ocupar vagas com maior renda, e os custos para o país de ter trabalhadores menos qualificados. “Criança e adolescente não são o futuro, são o presente. O estudo é fundamental. A educação ainda é o maior investimento que o Brasil pode ter, é o fator mais importante para que um país se desenvolva”, afirmou.  




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