Ritos e símbolos marcam transmissão de poder em Brasília (veja vídeo)

Foto: Rogério Melo/PR

A cada quatro anos, a Esplanada dos Ministérios em Brasília se prepara para receber uma das cerimônias mais imponentes e simbólicas do País: a posse presidencial. O rito, que ocorre no em 1º de janeiro, tem regras específicas e atos que já se tornaram uma tradição. Confira algumas curiosidades sobre o evento que marca a transferência de poder no Brasil:

Decreto

A posse do presidente da República segue o que está previsto em um decreto de 1972. O planejamento e a execução da cerimônia são de responsabilidade do Itamaraty.

Posse em Brasília

Jânio Quadros foi o primeiro presidente a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961. A capital, inaugurada por Juscelino Kubitschek em 25 de abril de 1960, ainda não tinha completado um ano.

Parlatório

A posse de Jânio Quadros inaugurou a transmissão do cargo diante do público, no Parlatório do Palácio do Planalto. Situado à direita da entrada principal, o Parlatório é o local de onde o presidente e convidados podem se dirigir ao povo concentrado na Praça dos Três Poderes. Foi usado também no dia da inauguração de Brasília e em outras raras ocasiões.

Catedral

Embora tenha se tornado comum nas posses, a missa na Catedral de Brasília não está prevista no decreto que organiza a cerimônia.

Foto: Marcos Corrêa/PR

Rolls Royce

Um dos momentos mais aguardos durante a cerimônia é o desfile do futuro presidente em carro aberto. O trajeto começa na Catedral e termina no Congresso Nacional. Depois, de assinar o termo de posse, presidente e vice usam o carro novamente para chegar ao Palácio do Planalto.

O Rolls Royce tem motor de seis cilindros, é movido a gasolina, pesa 2,5 toneladas e tem capacidade para transportar sete pessoas. Ele é usado também pelo presidente durante os desfiles de Sete de Setembro.

Dragões da Independência

Os Dragões da Independência também são atração durante a cerimônia de posse. Eles acompanham o Rolls Royce presidencial até o Congresso em um desfile discreto.

Faixa Presidencial

Com especificações de usos e de formato detalhados em um decreto de 1910, assinado por Hermes da Fonseca, a faixa presidencial é entregue no Palácio do Planalto. Ela deve ser verde e amarela, de seda, e com 15 centímetros de largura. No alto, o Brasão da República é bordado com fios de ouro; na extremidade, a franja também é montada com correntes de ouro.

Presa à roseta, há uma joia com diamantes e uma moeda de ouro que traz o Brasão da República, de um lado, e a frase presidente da República Federativa do Brasil, cunhada do outro.