Cuiabá | MT 16/09/2024
Agro
Quinta, 05 de setembro de 2024, 08h27

Indea confirma caso de raiva bovina em Porto Estrela chegando a 14 em Mato Grosso


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O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) confirmou, nesta quarta-feira (04.09), um caso de raiva bovina em uma propriedade rural no município de Porto Estrela (distante 200 km de Cuiabá). A presença da doença, transmitida pela mordida do morcego hematófago, foi confirmada através de exames feitos no laboratório do órgão, em Cuiabá.

O animal morreu na na semana passada com sintomas de raiva e o produtor rural acionou o Indea para investigar a causa. Com a confirmação da presença da doença, os médicos veterinários do Indea notificaram a Secretaria de Saúde de Porto Estrela e todas as 83 propriedades existentes em um raio de dez quilômetros onde o foco foi detectado.

“O protocolo para esse tipo de caso é notificar os produtores onde está o foco e o perifoco a vacinar os bezerros e revacinar o gado”, explica o servidor do Indea, Eder da Silva Fonte.

A técnica laboratorial usada pelo Indea para detectar a presença da raiva foi a metodologia de Imunofluorescência Direta, na qual são coletadas amostras do cérebro e do cerebelo do animal doente.

“Esse material é colocado em uma lâmina onde acrescentamos imunofluorescência diretamente sobre material, que após reação química é possível confirmar se há a presença da raiva. O resultado leva até 48 horas”, diz Alison Cericatto, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Raiva. 

Imagem acima mostra o método de Imunofluorescência que aponta a presença do vírus da raiva.

Ele acrescenta ainda que além disso o laboratório está implantando a técnica de PCR para os casos negativos na Imonoflorescência, o que confirma ou não a presença do vírus em 48 horas. “Antes o método de confirmação da raiva poderia levar até 30 dias”, afirma.

Com o caso de Porto Estrela, chega a 14 o número de casos confirmados de raiva bovina em Mato Grosso em 2024.

Raiva

A raiva dos herbívoros é uma doença causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, sempre fatal. Acomete todos os mamíferos domésticos e silvestres. É uma zoonose, portanto, pode acometer o homem. O principal transmissor da raiva dos herbívoros é o morcego hematófago (vampiro). O morcego doente elimina o vírus pela saliva quando se alimenta do sangue dos animais.

Orientações

Médicos veterinários do Indea sugerem que o produtor observe diariamente, preferencialmente pela manhã, se os animais apresentam mordedura e se eles apresentam sintomas de raiva. Os sintomas são apatia, isolamento do restante do rebanho, agressividade, andar cambaleante, opacidade de córnea, dificuldade para engolir líquidos, dificuldade de defecar (fezes ressecadas), e paralisia dos membros.

Em caso de suspeita de um animal acometido pela doença é necessário tomar algumas medidas, como informar imediatamente o Indea do seu município, nunca manipular o animal e isolá-lo do restante do rebanho.

Comemoração anterior

Em maio de 2022 a Famato informava em seu site que Mato Grosso, Distrito Federal (DF) e outros cinco estados do bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins não precisarão mais vacinar o rebanho contra a febre aftosa a partir de 2023, cuja decisão foi anunciada pelo ministro Marcos Montes e pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Guilherme Leal, durante a abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG),

O presidente do bloco IV do PNEFA, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, que é vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), parabenizou os estados que cumpriram as metas e alcançaram os pontos necessários. “Parabéns aos sete estados que alcançaram os percentuais exigidos pelo Plano Nacional, entre eles o Mato Grosso. É importante dizer que vamos continuar atentos aos demais estados do bloco para que todos alcancem o mesmo objetivo. Estamos à disposição para ajudá-los no que for necessário”, disse Francisco, mais conhecido como Chico da Pauliceia.

A suspensão fazia parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
 




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