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Justiça e Direito
Quinta, 25 de maio de 2017, 22h01

Poxoréu realiza Oficina de Pais e Filhos


O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Poxoréu (251 km ao sul de Cuiabá) realizou a 4ª Oficina de Pais e Filhos com 39 pessoas, tanto aquelas envolvidas em processos de alimentos, guarda, regulamentação de visitas e medidas protetivas, quanto aqueles que lidam com um problema sentimental – incluindo crianças e adolescentes.

Os participantes receberam as orientações e direcionamentos do material de apoio desenvolvido pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e puderam refletir sobre a pacificação no núcleo familiar.

O educador físico Pablo Bademarque não tem processo judicial instaurado, mas enfrenta dificuldades em lidar com a mãe de sua filha de 9 anos. “Eu não tenho nenhum processo, mas participei depois que a psicóloga do município me convidou. Antes do trabalho, meu comportamento não era de diálogo com a mãe, era só briga. A oficina abre nossa concepção de pensamento e nos ensina a lidar melhor com a separação. Eu aprendo a respeitar o papel dela de mãe e ela a respeitar meu papel de pai”, destaca Pablo.

Toda a família participou da oficina, gerando aproveitamento de todos. “A mãe começou a dar mais atenção para ela, ficar mais tempo com ela e eu aprendi a ter mais paciência porque essas brigas refletem no comportamento da criança. Você precisa parar, escutar e respeitar o lado do outro”, reflete o educador.

A percepção do pai participante é exatamente o objetivo proposto pelo trabalho, conforme explica a coordenadora do Cejusc, juíza Myrian Pavan Schenkel. “A participação das famílias nas oficinas estimula o diálogo, visto que ajuda os envolvidos a entenderem o fim da relação conjugal, mas não dos vínculos afetivos entre todos os membros da família. Dessa forma, acabam, muitas vezes, por entender que as situações geradas após esse término podem ser resolvidas pacificamente sem a necessidade de judicialização”.

A magistrada destaca a atuação do Cejusc nas questões familiares como um trabalho muito efetivo, “já que decorre do fato de que a conciliação nesses casos é um meio de solucionar não só o processo em si, mas principalmente a vida dos envolvidos em virtude da estreita relação pessoal existente nestes tipos ações”.

Na visão da gestora do Cejusc de Poxoréu, Marta Onélia Janéri, a interação espontânea entre os participantes foi surpreendente, pois “quando nós mostramos o conteúdo, a pessoa se identifica e compartilha suas experiências e vivências. Eles fazem a análise do que foi dito e vão conversando sobre o enfrentamento dos problemas”.

O desempenho dos filhos também é algo que chama muito a atenção na oficina. “Os próprios adolescentes falaram que se eles soubessem o que era alienação parental desde criança, teriam entendido o que acontece com eles. Nós alcançamos nosso objetivo. É uma sementinha que conseguimos germinar”, comemora Marta.

Segmentos religiosos também colaboraram com a Oficina de Pais e Filhos em Poxoréu, entre eles a Igreja Testemunhas de Jeová, Grupo Espírita, Igreja Presbiteriana, além da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Equipe Bem Viver e servidores do Fórum de Poxoréu. 




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