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Justiça e Direito
Segunda, 26 de junho de 2017, 10h55

Projeto Padrinhos chega à Pedra Preta


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Crianças acima de sete anos e adolescentes acolhidos na Casa Lar de Pedra Preta (a 238km da capital) estão prontos para viver uma nova experiência a partir da próxima semana. É que com o lançamento do Projeto Padrinhos na última sexta-feira (23 de junho), 75% dos acolhidos poderão ser apadrinhados e ter condições mais favoráveis ao desenvolvimento infantojuvenil, como forma de minimizar sofrimentos causados pela falta do convívio familiar e comunitário. A solenidade contou com a presença da corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro.

O Padrinhos é uma iniciativa da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), instituída em 2008 visando envolver a sociedade e incentivar aqueles que não têm interesse na adoção ou guarda a contribuir para um futuro melhor dos acolhidos. Pedra Preta, que possui 6 crianças e adolescentes institucionalizados, foi a 26ª comarca a implantar o projeto.

A assistente social Tatiane Coelho Antunes e a psicóloga Raphaela Marques Salgada foram capacitadas no dia 19 de junho pelas assistentes sociais da Ceja Ivone Leite Moreira Moura e Nadir dos Santos Nadaf. No curso, aprenderam o que é o projeto, como ele funciona, quais as modalidades de apadrinhamento (afetivo, provedor e prestador de serviços), e qual o público atendido.

Conforme o juiz Márcio Rogério Martins, da Vara Única de Pedra Preta, o lançamento do Projeto Padrinhos é uma oportunidade para que a sociedade conheça o trabalho desenvolvido pelo Judiciário na área social e contribua para o desenvolvimento dos jovens em situação de risco e acolhidos. “O Padrinhos realmente concretiza um princípio que é basilar no Estatuto da Criança e do Adolescente, que é o melhor interesse da criança. Esse projeto busca minimizar as consequências do acolhimento institucional. Compreendendo isso, a sociedade pode ajudar e, assim, colher frutos lá na frente”, defendeu.

O defensor público Fábio Barbosa falou sobre a evolução dos direitos da criança e do adolescente, abordando o artigo 227 da Constituição Federal, o ECA e o Estatuto da Primeira Infância. Divulgou estatísticas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ressaltou a importância do projeto que beneficia crianças e adolescentes com pouca ou quase nenhuma possibilidade de convívio familiar, dando a elas dignidade. “O mundo só muda quando mudamos o homem. O homem só muda quando ele muda o coração. E o coração só muda quando há amor. Então temos que olhar para essas crianças com amor”, encerrou, pedindo à comunidade que coloque em prática o Padrinhos.

A corregedora Maria Aparecida Ribeiro ressaltou que a CGJ-MT tem várias frentes de trabalho. “A nossa principal função é orientar e fiscalizar a prestação jurisdicional oferecida pelos magistrados. Contudo, temos uma grande preocupação social com a criança, o adolescente, e a mulher vítima de violência, por exemplo. Temos metas definidas pelo CNJ especificamente para a área da infância e juventude”, contou. Segundo a desembargadora, a preocupação é de promover a paz social e resgatar a dignidade dos seres humanos.

Maria Aparecida Ribeiro ponderou que, por melhor que seja a instituição de acolhimento, ela não se compara ao calor humano e ao aconchego de um lar. “Por mais que a equipe psicossocial se dedique ao trabalho, não é a mesma coisa que uma família”, afirmou. A corregedora aproveitou a oportunidade para divulgar o serviço de acolhimento familiar, recentemente implantando na comarca de Alta Floresta. “Com esse programa, nós acolhemos e somos acolhidos. A palavra chave dessa escolha é o amor”, disse.

O evento contou com a exibição de uma reportagem sobre o projeto e com a participação do juiz auxiliar da CGJ-MT Aristeu Dias Batista Vilella, do vice-prefeito de Pedra Preta, Luiz Cândido Rodrigues, do presidente da Câmara Municipal Lenildo Augusto da Silva, e da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente Neuzelita Quinta. 




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