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Justiça e Direito
Sábado, 16 de dezembro de 2023, 11h17

Membros da OIT e TRT conhecem ações de boas práticas trabalhistas e ambientais na Vinícola Aurora


 

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Integrantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) participaram de reunião na  Cooperativa Vinícola Aurora quando foram apresentadas informações sobre algum das das ações que tem realizado junto às 1,1 famílias associadas para auxiliá-los nas contratações diretas de temporários na safra e em outras medidas que garantem o trabalho decente na vitivinicultura.

O encontro foi uma das três agendas desta semana em que a Aurora debateu o tema. Na terça-feira (12), a cooperativa recebeu em sua sede os desembargadores e presidentes do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT4), e, na quinta (14), participou de uma conferência setorial com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

O coordenador da Área de Geração de Conhecimento Para Promoção do Trabalho Decente do escritório da OIT para o Brasil, José Ribeiro, visitou propriedades de cooperados, nas localidades de Faria Lemos, Vale Aurora e Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), onde pode observar in loco a realidade da produção de uvas e os desafios da contratação rural.

Ribeiro conta que a OIT estuda muitas cadeias produtivas em busca de conhecimento aprofundado para poder entender e ajudar de forma correta os diferentes setores. Ele revela que a experiência em Bento Gonçalves (RS) foi interessante para que entendesse de forma prática a realidade da vitivinicultura gaúcha. Durante a passagem na região, o coordenador também frisou a importância da uva e do vinho para o país.

“Fizemos um reconhecimento de campo, falando com os produtores e entendendo algumas de suas dificuldades. Ao mesmo tempo, vimos toda dinâmica que envolve a cadeia produtiva, desde a parte da agronomia, do manejo e como são as logísticas da colheita e do escoamento de produção. Tudo isso vai nos ajudar a ter um aprimoramento no estudo da cadeia produtiva, para que possamos colaborar com o setor na promoção do trabalho decente. Que esse setor, que é muito importante para a economia brasileira, continue promovendo trabalho decente e justiça social para todas as pessoas”, enfatizou.

Na quinta-feira (14), coordenador da OIT ainda acompanhou a “Conferência sobre as Ações Pactuadas e seus Efeitos Preventivos sobre o Setor”, em Farroupilha (RS). O encontro promovido pelo Mistério do Trabalho e Emprego (MTE) com entidades setoriais e empresas e profissionais da vitivinicultura debateu os resultados do pacto pelo trabalho decente, assinado em maio e o qual a Aurora está entre as empresas signatárias.

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Ministro afirma que setor pode servir de farol para outras cadeias

O presidente da Aurora Renê Tonello, o gerente Agrícola Maurício Bonafé e consultor de sustentabilidade Felipe Bremm também participaram na quinta-feira (14) do encontro com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. A reunião com representantes da cadeia vitivinícola apresentou os avanços práticos do acordo de boas práticas para promover o trabalho decente e de aperfeiçoamento das relações e condições trabalhistas.

O pacto estimula a negociação permanente sobre condições de trabalho, resolução de conflitos e o fortalecimento de mecanismos de diálogo entre a administração pública, empregadores, trabalhadores e a sociedade civil.

Na conferência, o ministro elogiou as ações realizadas pelas vinícolas, viticultores e entidades e disse estar feliz em ver todas as medidas práticas realizadas para a próxima safra. Reforçou ainda a política orientativa do órgão perante às fiscalizações, mas deixou claro que, caso as leis não sejam cumpridas, poderá haver penalizações e responsabilizações.

“Estou feliz de voltar e ver que estamos colhendo os frutos daquela primeira plantação que fizemos. E para colher não basta plantar, tem que plantar, regar e cuidar, e é isso que está sendo feito e precisamos que seja reforçado daqui para frente, para que a colheita seja maior nos próximos anos”, disse Marinho, em alusão as ações realizadas a partir da assinatura do pacto, em maio, para garantir o trabalho decente e seguro na safra de uvas.

Filho de agricultores, Marinho compartilhou sua trajetória no campo, mostrando que muitas situações do passado não se enquadram mais na sociedade atual. Ele enfatizou que o mundo mudou e que os setores da economia precisam ter sensibilidade e responsabilidade perante suas atividades.

“Agradeço por vocês terem aceitado nossa provocação de trabalharmos pela solução. Agradeço que vocês assumiram a responsabilidade e estão fazendo. O setor do vinho pode servir de exemplo para mostrar para outros setores do país, dar um efeito farol para outras atividades econômicas”, elogiou.

Durante sua fala, o presidente da Cooperativa Vinícola Aurora, Renê Tonello, reafirmou o compromisso da companhia com trabalho decente na safra de uvas e lembrou da importância social, cultura e econômica da organização junto aos seus 1,1 mil produtores da agricultura familiar, aos 540 funcionários e a região.

“Assinamos o pacto e estamos fazendo o trabalho para que a safra transcorra bem. A Aurora não deixará de cumprir as leis. Além disso, neste ano, estamos trabalhando amplamente as questões de Boas Práticas Agrícolas, compliance e ESG junto aos cooperadores, funcionários e parceiros”, reiterou Tonello.

Desembargadores do TRT4 elogiam iniciativas da Aurora

Na terça-feira (12), a Cooperativa Vinícola Aurora apresentou as ações voltadas às boas práticas trabalhistas aos desembargadores e presidentes do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT4), Francisco Rossal de Araújo (gestão 2021-2023) e Ricardo de Almeida Hoffmeister Martins Costa (2023-2025).

O atual presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT4), Francisco Rossal de Araújo, destacou a Aurora como um patrimônio do Rio Grande do Sul e do país que precisa ser valorizado e preservado. Ele mencionou a maturidade e a coragem da cooperativa em estabelecer um programa robusto de boas práticas trabalhistas que garante a sua sustentabilidade.

“A Aurora está dando um grande passo para aperfeiçoar suas relações trabalhistas e se tornar um exemplo para todo o setor vitivinícola. É importante essa demonstração de seriedade e de comprometimento, com a observância da legislação do trabalho no Brasil. A Aurora, como líder deste processo, serve de referência aos pequenos e médios produtores da região de que é possível fazer essa transformação”, relatou.

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