Comandante do Exército recebe R$ 770 mil em penduricalhos em dois meses

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O comandante do Exército no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, general Tomás Paiva, recebeu R$ 770 mil em penduricalhos em apenas 2 meses, entre 6 de fevereiro e 27 de março, apurou a Folha de S.Paulo.

O pagamento quase milionário faz parte dos privilégios concedidos ao alto escalão do funcionalismo público brasileiro e inclui direitos trabalhistas que Tomás acumulou em 42 anos de serviço.

A maior parte, R$ 388,9 mil, é fruto da “venda” de férias e de outros benefícios, como a “licença especial a que militares tinham direito, até o início do século, de tirar seis meses de férias a cada dez anos trabalhados. “Se o militar não tirasse o descanso, receberia em dobro o salário referente aos meses da licença.”

A reforma administrativa é urgente
Paiva recebeu o pagamento por férias atrasadas de 2022 e não tiradas de 2019 a 2021. Entre os pagamentos, recebeu R$ 304,1 mil de ajuda de custo prevista em lei. Esse benefício é concedido quando um oficial vai para a reserva remunerada.

Já outros R$ 77 mil foram uma ajuda de custo para mudar sua residência de São Paulo, onde Paiva chefiava o Comando Militar do Sudeste, para Brasília, onde assumiu o comando do Exército.

O salário de Tomás é de R$ 17 mil mensais como comandante do Exército. Ele também recebe R$ 38 mil por estar na reserva remunerada, totalizando remuneração de R$ 55 mil mensais.

Revista Oeste