Cuiabá | MT 04/05/2024
Lourembergue Alves
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Quarta, 03 de setembro de 2014, 20h53

Desorientados

Esperava-se melhor desempenho de cada um dos candidatos ao governo do Estado.

Até como resultado da avaliação feita por cada equipe de campanha sobre o comportamento dos postulantes no primeiro debate.

O segundo debate entre eles, porém, foi pior. A ausência do líder das pesquisas contribuiu para isso. Bem mais, contudo, foi à falta de preparo dos que estiveram presentes. Eles ficaram perdidos entre o descompasso de seus discurso e as realidades de Mato Grosso.

A ponto, por exemplo, de não contagiarem a si próprios. Não se sentindo contagiados, claro, dificilmente empolgariam alguém. Nem mesmo o eleitor torcedor que, quase sempre, abraça a causa do político escolhido, sem saber, de fato, o porquê dela, tampouco a sua serventia. "O segundo debate entre candidatos ao Governo foi pior. A ausência do líder das pesquisas contribuiu para isso. Bem mais, contudo, foi a falta de preparo dos que estiveram presentes"

Isto, por outro lado, empobrece o jogo político, que tem no debate televisivo e radiofônico um de seus grandes trunfos.

Tem-se, a partir daí, toda uma movimentação. Tamanho é a importância do palanque eletrônico na disputa pelo governo do Estado.

Isso significa dizer que a não participação do Pedro Taques no debate foi a pior decisão tomada por ele e sua equipe de marketing. Pois sempre, ainda que seja pequeno, haverá prejuízo eleitoral.

O que explica toda a crítica de quem participou sobre o ausente, com vistas a aumentar-lhe os prejuízos, os quais são utilizados também como ferramentas de desconstrução da imagem do candidato faltoso. Por isso a tentativa de pegar-lhe a pecha de ‘candidato fujão’, ou a da carapuça de ‘desrespeito à democracia’ e, igualmente, ao ‘eleitorado’.

Fora isso, no entanto, nada se viu com relação às propostas de governo. O Lúdio Cabral e o José Riva repetiram as mesmas respostas por eles dadas no primeiro debate, ainda que as questões tenham sido outras, bastante diferentes.

Igualmente se valeram da tática de se apresentarem como críticos ao governo Silval Barbosa, escondendo o fato de que sempre fizeram parte da dita administração. Diferentemente, portanto, do José Roberto. Este, na verdade, jamais compôs com o atual governo, a exemplo de sua agremiação, o PSOL.

Mas, infelizmente, se mostra, nesta campanha, desarticulado e sem qualquer traquejo em lidar com as palavras.

Ao contrário do Muvuca, do PHS, que sabe formatar as frases, porém estas chegam aos ouvidos do eleitorado desacompanhadas de qualquer conteúdo.

Aliás, é a falta de conteúdo que leva o Muvuca, Riva, Lúdio e José Roberto a partirem para o ataque ao candidato pedetista. Ataques desorientados. Pois agridem o periférico da campanha do líder nas pesquisas.

Razão pela qual se apegam ao questionamento sobre o suplente do Senador, da sua inscrição ou não na lista de investigados da operação Ararath e de alguns de seus atuais apoiadores.

Longe, portanto, do que se deve, de fato, alcançar, ‘as fragilidades’ da candidatura Pedro Taques.

Fragilidades que nada tem a ver com a CAB, tampouco com a saúde pública cuiabana. Estas são questões ligadas ao prefeito da Capital.

Explica-se, portanto, o porquê o pedetista continua firme na dianteira, e com reais chances de vencer ainda no primeiro turno.

Lourembergue Alves é professor universitário e articulista político em Cuiabá. E-mail: lou.alves@uol.com.br
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