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Agro
Quarta, 29 de dezembro de 2010, 10h05

Aumenta no sul de MS a infestação da mosca-de-estábulo


O Sindicato Rural de Caarapó começou a se mobilizar para combater a infestação da mosca-de-estábulo que se agrava na região do Liberal e às margens do Rio Dourado. O inseto tem atacado o rebanho bovino e já causou prejuízos aos pecuaristas com a morte de gado. Uma das medidas será negociar com a usina Nova América/Cosan – inaugurada no segundo semestre deste ano, que seria o foco do problema por causa dos resíduos vegetais na produção de açúcar e de etanol.

As primeiras reclamações contra a disseminação desse parasita, que suga o sangue de bovinos e outros animais, ocorreram no ano passado na região de Angélica, onde também opera a usina Adecoagro. Em Dourados tamb&eacu te;m há registros de focos do inseto. O Sindicato Rural de Caarapó vinha recebendo reclamações de criadores de gado nas áreas atingidas, por isso formou uma comissão representada por um médico veterinário, um agrônomo, um advogado e representantes do próprio sindicato e da vigilância sanitária municipal para avaliar a situação. Os pecuaristas reclamam que as moscas, conhecidas nas regiões canavieiras como moscas-do-bagaço, estão atacando bovinos, equinos, muares e ovinos, o que foi confirmado pela comissão, que visitou diversas propriedades rurais.

O produtor rural Cristóvão Camacho contou que os animais chegam a sangrar nas patas e nem mesmo os cachorros ou o próprio homem escapam da voracidade do inseto. Em todas as propriedades visitadas pela comissão observou-se a aglomeração dos bovinos, que irritados com a s moscas, se esfregam uns aos outros, andam juntos, batem as patas no corpo e entram nos açudes. “Também verificamos que os animais estão com emagrecimento progressivo pela dificuldade de pastorear, tomar água e ainda as matrizes ao parir ficam emboladas com outros animais tentando expulsar as moscas e os recém-nascidos acabam morrendo”, segundo um documento assinado pela comissão.

Só na Fazenda Santa Maria, 15 bezerros morreram pisoteados nos últimos 30 dias, em decorrência das moscas. Todas as ocorrências foram em regiões próximas à usina de Caarapó. Após a averiguação dos problemas, a comissão fez uma reunião, decidindo que a primeira medida será conversar com representantes da usina. “Nesse primeiro momento buscaremos o diálogo para que sejam tomadas as providências”, explicou o advogado e diretor d o sindicato rural, José Elnício.

 

Medicar

Segundo o veterinário Nilson Fiorenza, os pecuaristas do Liberal e região devem aplicar, nos próximos dias, mosquicidas nos animais em dosagem correta, no período de 48 horas e repetir a aplicação depois de sete dias, para quebrar o ciclo da mosca. Mas, o controle da mosca-do-estábulo não é simples. O uso de mosquicidas pode trazer alívio temporário aos animais, mas não resolve o problema. Ao contrário da mosca-do-chifre, que parasita os bovinos no lombo e na cabeça, a mosca do estábulo prefere as patas e a região da barriga. Embora geralmente infeste os animais nas proximidades de seu criatório, pode voar num raio de até cinco quilômetros, caso não encontre um animal de sangue quente para se alim entar, o que faz três a quatro vezes ao dia, segundo Fiorenza. (Correio do Estado)

 




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