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Agro
Terça, 25 de janeiro de 2011, 07h38

Percevejo castanho ataca pastagens de MS


A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) se reuniu com especialistas da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Pantanal, Agência de Desenvolvimento e Extensão Rural (Agraer), Fundação MS e representantes dos sindicatos rurais de Coxim, Pedro Gomes, Rio Verde e Alcinópolis para discutir e buscar soluções para os prejuízos causados pela infestação do percevejo castanho nas pastagens das regiões norte e parte do Pantanal.

A reunião entre os órgãos tem o objetivo de definir grupos de estudo para averiguar in loco a gravidade do problema e posterior elaboração de um laudo técnico. “A idéia é trazer especialistas para termos noção da proporção do problema, que ainda não temos”, informou o assessor-técnico da Famasul, Lucas Galvan. Em dezembro do ano passado, a Famasul encaminhou à Secretaria de Desenvolvimento, de Produção e Turismo (Seprotur) um ofício solicitando a elaboração de laudo técnico por meio da Agência de Desenvolvimento e Extensão Rural (Agraer). Na mesma época, a Seprotur comunicou que técnicos da Agraer já estavam organizando vistorias nas regiões afetadas. Com a elaboração de um documento concreto, Galvan acredita que será possível recorrer aos órgãos competentes. “Se o laudo técnico constatar um problema grave, fora do alcance do produtor, é provável que haja decretação de Estado de Emergência nos municípios afetados.

Com isso podemos pleitear recur sos governamentais para amenizar as perdas eu até mesmo solucionar o prejuízo”, considerou. O alerta sobre os prejuízos que se agravam nas propriedades rurais foi feito em dezembro do ano passado pelo assessor técnico da Famasul, Lucas Galvan. Segundo ele o percevejo castanho costuma atacar principalmente lavouras, no entanto, o combate à praga nessas áreas é mais fácil devido à aplicação regular de inseticidas, o que acaba eliminando o inseto. “Nas pastagens o trabalho de combate é mais complicado, exigindo a reforma da área associada à aplicação preventiva de inseticidas, o que implica em alto custo para o pecuarista. Teve produtor que adquiriu financiamento para renovação de pastagem e o inseto comeu tudo”, lamenta o especialista. Somando-se aos prejuízos causados por essa praga, os pecuaristas ainda tiveram de enfrentar um longo período de estiagem, o que acabou comprometendo a alimentação bem como a oferta de gado na região.

Temendo prejuízos mais sérios, os pecuaristas estão optando por esvaziar seus pastos, ofertando inclusive fêmeas e bezerros aos frigoríficos. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Pedro Gomes, José Roberto Scalabrini, mais de 50% das pastagens da região já podem ter sido afetadas pela praga. O problema já se arrasta por um longo tempo. Em maio de 1996, a Embrapa Gado de Corte publicou uma nota técnica na qual já alertava sobre a gravidade do problema no futuro. “Não se sabe se o que se constata hoje em dia é algo que persistirá por longo tempo ou não. Admite-se, no entanto, que, pelos recentes registros de ataque, o processo de infestação está ainda em expansão”, concluiu a nota. (Correio do Estado)




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