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Aramis: estresse, risco de vida e perda de carga |
Alberto Romeu
Da Serra da Petrovina
Demonstrando indignação com a situação da rodovia BR 364 no trecho entre Alto Araguaia até o distrito de Garça Branca, local de parada de caminhoneiros antes da descida da Serra da Petrovina, o curitibano Aramis do Santos, 46, criticou a falta de empenho político das autoridades de Mato Grosso, não sobrando nem mesmo para o ex-governador Blairo Maggi (PR). “Não dá pra entender, como ele deixa desse jeito” – questionou Aramis referindo-se a precariedade da rodovia.
Aramis conta que saiu de Curitiba carregado de pinus até Uberaba (MG), onde carregou adubo e levou até São Simão (GO). Com uma viabilidade de frete em Sorriso, desceu vazio em sentido a Rondonópolis. “No trecho de Goiás está bom, antes da divisa (GO-MT) está um tapete. Mas quando você passa a ponte começa a buraqueira” apontou o motorista. Ele se refere a divisa dos estados, do lado goiano Santa Rita do Araguaia e mato-grossense Alto Araguaia.
O motorista disse que viaja pelas estradas de Mato Grosso há muito tempo, mas não admite o quadro que sempre se apresenta as rodovias. “Isso não tem fim, e não entendo como o governador , que é o rei da soja deixa nessa situação”. Alertado que agora o governador é Silval Barbosa (PMDB), Aramis questiona: “ele não era o vice?. Então é a mesma coisa”” aponta.
O PlantãoNews entrevistou Aramis em Garça Branca (distrito de Pedra Preta, tão logo sobe a Serra da Petrovina, cerca de ). Foi ele que informou a reportagem sobre a situação de João Lucas, outro motorista vítima dos buracos da rodovia, distante cerca de 15 km dali. “Tem um caminhão com a carga derramada na pista ai pra frente (sentido Alto Garças). É nisso que dá essa buraqueira” – criticou.
Contando que antes trabalhava de empregado e em dezembro de 2010 comprou uma carreta (a NH 380, ano 2000) o motorista ainda humorado, brinca: tenho um blocão para pagar. Vou dar um jeito”. Porém ele muda o semblante quando fala da estrada. “A pessoa trabalha sob pressão, é muito buraco, muito risco e ainda entre os motoristas é uma competitividade muito grande. As grandes transportadoras cobram demais do pessoal e ai na estrada fica desumana. É estresse, doenças...” – salienta Aramis,
Para o curitibano, além dos prejuízos com o caminhão, fica a perda da carga. “A trepidação, os buracos ocasionam muita perda de soja, de milho. É muito complicado. É tudo muito complicado”.
Ao ouvir a entrevista, um outro caminhoneiro se aproximou e alertou Amis: Oh, daqui pra frente (referindo-se sentido Rondonópolis) também tá muito feio. Na serra (da Petrovina) ta muito arriscado”.
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