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Agro
Terça, 15 de março de 2011, 09h16

Cafeicultor antecipa pagamento de R$ 311 mi em crédito agrícola


Os cafeicultores brasileiros anteciparam o pagamento de R$ 311 milhões contratados de linhas de crédito do governo, entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2011

Os cafeicultores brasileiros anteciparam o pagamento de R$ 311 milhões contratados de linhas de crédito do governo, entre janeiro de 2010 e fevereiro de 2011. São parcelas de financiamentos destinadas à colheita, estocagem e custeio da safra pagas antes do vencimento.

"Esse movimento extraordinário reflete a melhoria da rentabilidade do produtor em decorrência da recuperação dos preços do café ao longo de 2010 e início de 2011. De modo geral, como o cafeicultor está mais capitalizado, consegue liquidar antecipadamente seus financiamentos", explica o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

Os R$ 311 milhões representam quase 10% de tudo o que os bancos e outras instituições financeiras reembolsaram, no período, ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), administrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Todos os anos, o fundo repassa aos bancos recursos para financiar as etapas da produção do grão. À medida que os produtores quitam as parcelas, essas instituições financeiras reembolsam o Funcafé.

A linha de crédito com maior antecipação de pagamento é a de estocagem. No ano passado e nos dois primeiros meses de 2011, o cafeicultor pagou antes do vencimento, R$ 154,7 milhões. As liquidações adiantadas de financiamentos para colheita e custeio vêm em seguida com R$ 72,3 milhões e 52,6 milhões, respectivamente.

Somente em 2010, foram antecipados R$ 220,8 milhões em parcelas contratadas com recursos do Funcafé. O valor representa 9% dos reembolsos recebidos pelo fundo. Em janeiro e fevereiro deste ano, os pagamentos adiantados chegam a R$ 90,3 milhões, 11,3% do que os bancos reembolsaram ao Funcafé.

Os cafeicultores confirmam a tendência. "O produtor paga porque é um dinheiro barato (6,75% ao ano). E ele também abre limite no banco", diz o presidente do Conselho Nacional do café (CNC), Gilson Ximenes. Diretor Financeiro da União Cooperativa Agropecuarista Sul de Minas (Unicoop), Ximenes, ressalva que "não está sobrando dinheiro" e afirma que a maior parte dos produtores deixou de aproveitar o momento excepcional dos preços por ter vendido o produto antes da maior alta desde 1977. "Os estoques na mão de cooperativas é baixo. Na média, hoje, chega a 30% da produção total", diz.

A valorização do café soma 106% sobre o preço mínimo oficial e 94% sobre o índice medido pelo Cepea/Esalq na comparação entre os meses de março de 2010 e 2011.

DCI




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