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Carro da reportagem do PlantãoNews é obrigado a entrar no acostamento para dar passagem a carreta. |
Buracos, calota de veículo e muita soja e milho ao longo do acostamento da BR 364 na região de Alto Garças |
Alberto Romeu
Da BR 364/Alto Garças
É lento e interminável os poucos serviços de recapeamento que vem sendo feito na BR 364, no trecho entre a Serra da Petrovina e Alto Araguaia, numa extensão de aproximadamente 200 km. Pelo local passam milhares de veículos diariamente. O Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso diz não saber informar a quantidade e que a atribuição de contagem de veículos é do Dnit. Camionhoneiros que trafegam entre buracos e convivem com transtornos de ter seus patrimônios dilapidados, criticam a falta de resultados práticos.
Aramis dos Santos, de Curitiba, aponta o trecho como o pior que já passou no giro que fez desde que saiu de sua cidade, foi a Minas Gerais, atravessou Goiás e parou para pernoitar em Garça Branca – distrito de Pedra Preta, no alto da Serra da Petrovina. Aramis seguia destino a Sorriso onde buscaria uma carga de madeira.
“Isso aí é uma campinha. É pior do que antes, porque agora com a chuva o buraco volta e é mais fundo” – diz Aramis.
A mesma opinião tem João Lucas, 60 anos, que teve parte da carga de soja derramada na rodovia por conta da trepidação do caminhão. Segundo ele, a bica (os dutos que liberam os grãos no descarregamento) se abriu com tanto buraco e trepidação. João Lucas, que passou a noite em uma curva correndo risco de se envolver em um acidente grave (acionada, a PRF não compareceu ao local e havia muita soja derramada na pista) diz também que o serviço de recapeamento é precário. Ele também chama de “capinha” o serviço que vem sendo feito em alguns trechos da rodovia. Morador de Cascavel – PR – João Lucas estava apreensivo. Com a esposa falecida recentemente, em sua casa estava apenas uma filha menor.
Por duas vezes na semana passada, o PlantãoNews contatou via e-mail o Dnit em Mato Grosso para saber do cronograma de realização das obras. Nenhum retorno foi dado.
Jurandir Bonday, de São José do Cedro, Santa Catarina, aponta para a falta de uma decisão e interesse do governo do Estado. Ele chegou a apontar o ex-governador Blairo Maggi como responsável. Ao saber que Blairo hoje é senador da República, Bonday demonstrou certo conhecimento afirmando que “e o que está ai não era o vice” – referindo-se a Silval Barbosa.
Nas imediações da Sementes Torres, já próximo de Alto Garças, constata-se que de fato a “capinha” está se soltando e os buracos retornam com mais intensidade. Onde ainda não foi feito recapeamento, o Dnit não apresenta nenhuma ação mesmo que paliativa, o que revolta os motoristas neste momento aquecido do transporte de soja e milho, em direção ao terminal ferroviário de Alto Araguaia.
Cena comum na região de Alto Garças: com trepidação "bica" de liberação de grãos se rompe e derrama na rodovia. Na terça-feira à noite, uma equipe da Setecs do governo de Mato Grosso ficou quatro horas parada enquanto a pista estava sendo limpa |
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“ É vergonhosa a situação das estradas de Mato Grosso. Você entra em Goiás e Minas e vê obras do DNIT por todos os lados. O trecho de mais de 100km entre o trevão e Uberlândia deve ser duplicado em um ano, enquanto os 10 km da serra de São Vicente estão em obras há quase 10 anos. Senador Mário Couto neles. ”
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