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Agro
Sexta, 25 de março de 2011, 09h24
Corredor do Descaso

Rodovia precária encarece preço do frete e afeta produtores de Mato Grosso


.No trevo de acesso a ALL, em Alto Araguaia, situação é crítica e revolta motoristas

Alberto Romeu/PlantãoNews
BR 364 - Alto Araguaia

A medida que se aproxima-se da cidade de Alto Araguaia, a precariedade da BR 364 se agrava e faz do curto trajeto de 50 km, a partir de Alto Garças, um martírio para caminhoneiros. A distância, que seria um alívio para os motoristas que transportam soja e milho para descarregar no terminal ferroviário da ALL transforma-se num transtorno, apesar de que toda a extensão de quase 200 km com início em Rondonópolis existem vários pontos críticos.

A cerca de 20km do terminal a quantidade de buracos e imperfeições na pista tornam a viagem interminável. Os caminhões seguem em velocidade entre 10 e 20 km por hora, quando não muitas

.Automóvel faz manobra para desviar de carreta e de buracos

vezes parando para a troca de marchas, sobre aquilo que deveria ser uma pista pavimentada.

O estado crítico do asfalto pode ser reflexo da falta de execução de serviços preventivos. Contudo o fato de que no ano passado todo o trecho praticamente recebeu recapeamento com verbas do Ministério dos Transportes o que indica é irregularidade na execução dos serviços.

Panorama desolador em frente Sementes Adriana, cerca de 30km de Alto Garças. Pista à direita serve como alternativa para fuga dos buracos. Observa-se que carreta trafega pelo acostamento à esquerda.

Com rodovias que ocasionam prejuízos aos transportadores, o resultado é o aumento no custo do frete no trajeto, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – IMEA, apontando como gargalo o trecho entre Rondonópolis e Alto Araguaia, onde está instalado o terminal ferroviário da ALL. Em 2009 os valores variavam entre R$ 30 a R$ 60,00 a tonelada no trajeto Rondonópolis/Alto Taquari ou Sorriso/Alto Taquari. Hoje a média é de R$ 47 e R$ 100,00.

Cena comum: carreta quebrada próximo do posto da Polícia Rodoviária Federal

Prevendo uma produção recorde de soja para este ano, estimada em 19 milhões de toneladas, a Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado – Aprosoja – contabiliza que os produtores estão pagando mais caro pelo transporte em função da situação das estradas.

Nem o pátio da Polícia Rodoviária Federal fica isento dos buracos que se misturam ao quebra-molas

Com uma estimativa de aproximadamente 12 mil caminhões disponíveis para atender a demanda da produção de grãos em Mato Grosso, as instituições que agregam os transportadores reclamam das péssimas condições das rodovias. “O prejuízo não é apenas para as transportadoras, mas para toda a sociedade” – aponta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Amilton Luiz de Mendonça.

A entidade calcula que 35% do lucro do frete é gasto com a manutenção dos veículos, por conta das péssimas condições das estradas, considerando ainda que há 10 anos não há reajuste nos valores. Os impactos envolvem não apenas peças e engrenagem, mas sobretudo pneus e maior consumo de combustível com rodovias esburacados e com desníveis.

Carretas e automóveis usam parte do canteiro (a direita) na rotatória do trevo de acesso a Alto Araguaia
Viatura da Polícia e ambulâncias enfrentam dificuldades em meio a buracos e carretas

Nas próximas edições, vídeos mostram situações de dificuldades de motoristas, com destaque para o "Carreteiro Esperto", que rompeu uma fila usando estrada de terra às margens do plantio de soja. Aguarde.

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