Qual a sensação de experimentar comidas típicas de comunidades tradicionais pesqueiras? Para muitas pessoas, esse momento gastronômico se torna único e, mais que saboroso, ele representa uma valorização da culinária e cultura tradicional. Nesse sentido, o projeto “RU na hora do Pescado Artesanal”, que se propõe a fortalecer a cadeia produtiva da pesca artesanal, realizará a oficina “Culinária com Pescado Artesanal”, nos dias 17 e 18 de fevereiro, no restaurante São Pedro, em Recife. A iniciativa é da Secretaria Nacional da Pesca Artesanal (SNPA/MPA), em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Com a participação de 15 pescadores e pescadoras artesanais da Colônia Z01-Pina, da localidade Ilha de Deus, a oficina tem a finalidade de capacitar os comunitários para a preparação de pescado não tradicional, para que sejam servidos no cardápio do restaurante universitário da UFRPE. De acordo com a coordenadora de campo do projeto, Mônica Cavalcanti, a ação promove o escoamento do pescado a preço justo, a produção local e a economia solidária.
“É preciso registrar que essa oficina culinária é fruto do projeto ‘RU na hora do Pescado’. A atividade tem diferenciais importantes para esse setor, que é invisibilizado. Ele também contempla toda a cadeia produtiva, com assistência técnica sistemática e ações integradas e estruturantes, nas quais colônias são contempladas com infraestrutura”, destaca Mônica.
Segundo o Chef de cozinha, Thiago Chagas, a programação está recheada de pratos saudáveis e nutritivos. “Na oficina, apresentaremos novas perspectivas com os produtos que a gente já consumimos, a exemplo do sururu. Essas possibilidades nos mostram o quanto são extraordinários os produtos que os pescadores e marisqueiras possuem e trabalham”, conta.
O projeto
O projeto “RU na hora do Pescado Artesanal”, realizado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), tem o objetivo de levar peixes e frutos do mar dos pescadores e pescadoras artesanais locais para os cardápios dos restaurantes universitários de todo o Brasil, incentivando o consumo do pescado e a geração de renda para muitas famílias tradicionais. Além disso, a proposta visa o fortalecimento cultural material e imaterial das comunidades ao valorizar as comidas tradicionais locais. A meta do projeto é atender, nos próximos anos, cerca de 10 mil pescadores e pescadoras e 100 mil estudantes de baixa renda das Universidades Federais.