Cuiabá | MT 03/05/2024
Vilson Nery e Antonio Cavalcante Filho
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Domingo, 28 de julho de 2013, 18h28

Como fraudar um concurso público

No melhor estilo “passo-a-passo” e com o tradicional alerta de “é perigoso fazer isso em casa!”, vamos mostrar a você como se procede a uma enganação geral em concurso público (para escolha de servidores), implantando um “trem da alegria” legalizado no órgão que você preside, dando estabilidade como “barnabé” a uns seus apaniguados e cabos eleitorais.

Primeiro, decida sair de vez da vida política (isso se “virar” ficha suja) e prometa deixar bem empregados no serviço público pelo menos uns 1.600 (mil e seiscentos) cabos eleitorais, todos pagos (e muito bem pagos) com os recursos do orçamento (os cabos eleitorais podem servir aos seus filhos, no futuro, seja precavido!).

Como pagar os novos servidores? Ora, é simples: com o dinheiro que seria da escola das criancinhas e do remédio que deveria ser distribuído no posto de saúde dos bairros das cidades. Mas se você comanda a “Casa”, imponha a sua vontade, antes de abandonar a política.

Pois bem.

Para a escolha da empresa organizadora não faça nenhuma concorrência pública, publique apenas um aviso no Diário Oficial, chame preferencialmente entidades com pouca ou nenhuma experiência em promover concursos públicos, faça opção por uma empresa de Taboão da Serra/SP, que cuide de fornecer mão de obra terceirizada, uma outra de Belo Horizonte e uma terceira do interior do paraná, Iporã, que seja especializada em realizar feiras (de gado) e eventos.

Nenhuma deles pode sequer ter sonhado em um dia realizar concursos públicos!

A escolhida para organizar a prova tem quer ser “crua” em elaborar e aplicar os questionários aos candidatos, de preferência faça opção por uma empresa de Brasília, é “chique”, o povão vai engolir direitinho. Afinal eles (os concurseiros) serão os “cobaias” e vão achar que estão participando de um concurso público de verdade!.

Feito isso, em cerca de 40 dias publique o edital de concurso, abra inscrições, aplique as provas e anuncie o resultado final (que você já sabe com antecedência que são os escolhidos... digo, aprovados). Impeça que as pessoas façam a inscrição presencial, se afaste do povão, exija que eles se inscrevam somente pela internet, e dê um prazo de uma semana para isso. É o que basta!

Isso será suficiente e indicado para conseguir realizar a grande maracutaia, e você vai empregar mais de 1.500 cabos eleitorais, tudo com o simulacro de legalidade, e os incautos irão até aplaudir porque você fez dois grandes concursos para servidores, durante o lapso de vinte anos!

Mas e se o Ministério Público quiser investigar?

Simples: aproveite que é tempo de votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e os ameace, se um “promotorzinho” ousar defender a ordem pública, a legalidade e os interesses difusos (das pessoas que foram às ruas defender o fim da PEC 37), reduza o orçamento 2014 do Ministério Público.

Este é o roteiro do mais novo crime de “lesa-matogrossense”.

Em tempo: torça ou reze muito para não aparecer nenhum Movimento de Combate à Corrupção abelhudo que coloque todo o seu plano a perder. 

Vilson Nery e Antonio Cavalcante Filho são militantes do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) Comitê de Mato Grosso.
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